quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Carta ao Excelentíssimo Governador do Estado do Rio de janeiro

Prezado Sr.,

Tenho conversado com moradores das favelas do Rio. Sei que você está comandando uma chacina surda. O caveirão- símbolo de morte e de potência de tristeza - é uma das ferramentas usadas para comandar o genocídio.
Você não é o filho do Sérgio Cabral? O Sérgio não é aquele amigo de todos, homem da boa piada e com o conhecimento riquíssuimo de nossa história musical. Quantos Imael Silvas você pode estar assasssinando caro Presidente?
Surpreendo-me com sua cara de bunda mole. Ah! isso você nao consegue trair . Sua cara é de bunda mole e sempre será.
Onde estão os órgãos de imprensa e os artistas para denunciar essa covardia extrema usada pela força das armas ? E sai matando. Se matou 15 , diz que é 7 e vai matando. Afinal números não têm alma. Vítimas mortas são abafadas; no mínimo são pobres e não conseguem fazer alarde. Onde estão as ONGs para contrapor pelo menos com a palavra essa crueldade que a polícia abusa em seu direito de exercer o monopólio da violência.
Se querem ver resultados disso? Para mim já são podres, mas vá lá e com nojo se conclui que é a massa pobre, que berra na geral mas nunca influi no resultado, que é exterminada sem dó.
O que isso muda na sociedade? Aquele avião que entrega a droga e que rouba o som do seu carro, agora está morto. Enquanto isso milhões estão nascendo com o mesmo destino traçado, na qual o governador e a sociedade cansada de pegar aviao atrasado tem repugnação e declara que todos devem ser mortos. Cansei dos jantares do mauricinho João Dória, cansei de ver a Regina Duarte cansada de tudo.
Sonhe com os anjos Governador de merda.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Conto sobre Felicidade

O Nome dela era Berenice. Nunca mais a esqueci. Não pelo nome, que até engraçadinho achava.
Mas ...como vou dizer... pela bunda.
Não exatamente a bunda, mas pela relação que Berê tinha com o seu bumbum.
Quando pequena, Berê era muito feliz. Adorava brincar de casinha. Sua diversão era mexer com panelinhas, bulezinhos e outros apetrechos que criança diverte se sentindo adulta.
Quando adulta, Berê começou a trabalhar de garçonete e era feliz no seu emprego. Porém, algo a incomodava.
O que para as mulheres que têm, é motivo de orgulho, para Berenice era sofrimento.
Berê tinha ciúmes de sua própria bunda.
Não que fosse feia de rosto, isso definitivamente não era. Era mais um rosto normal na multidão.
A bunda de Berê para ser descrita com rigor exigiria muitas páginas do leitor para imaginar o que era aquilo. Resumindo neste pequeno conto - Berê tinha um bundão!
Enquanto aquela forma ia se arredondando, até que ela gostava. Era o começo da adolescência e esse algo a mais fazia a diferença nas primeiras paqueras.
Porém o negócio foi tomando um vulto que não tinha mais nada para ninguém. Ou melhor, não tinha mais nada para Berê.
Berê e sua Bunda começaram a ser uma coisa só. Sua identidade se confundia com seu proprio bumbum. Isso foi lhe incomodando. O que era motivo de orgulho, começou a ser disputa. A bunda virou sua rival.
Nada mais lhe chateava do que homem caminhando junto a Berê, esperando ela ir um pouco à frente para ver sua bunda melhor.
Triste mesmo para Berenice, foi um dia voltando do trabalho, ouvir uma conversa ao atravessar a rua : Olha a bunda que trabalha no restaurante da Tininha!
Isso foi a morte. Berê teve uma solução definitiva. Fez uma operação plástica de nome estranho: "Retiradas Carnes Glúteas."
Ninguém entendeu. Berê voltou a ser feliz!!