Avistei o morro das meninas coloridas
Silenciei logo o barulho que faziam
Eram colchas de retalhos repartidas
Louras, negras e morenas se sentiam
Alto e forte fui ganhando em covardia
Em um ímpeto que a mim mesmo cabia
Pedi respeito como um porco saberia
Vigiei todo entardecer daquele dia
Como se fosse a minha última maldade
Expeli regras, mandamento, hipocrisia
Era demais reconhecer o que sabia
O pobre homem de direitos e mentiras
E uma hora já cansado desta vida
Parti perdido sem saber a quem servia
Me avisaram aos que aos outros se adia
É pro estado a força bruta que devia.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
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