segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Carteirinha do Real é Vitalícia

Hoje cancelei minha inscrição no real. Estou devolvendo minha carteirinha . Para quem ficou , boa condenação.
Agora eu posso tudo, suspenso , tudinho posso. Me enxergar , ser o corpo do outro, e sendo o corpo do outro chego no coração do outro. A consciência do absurdo , o cheiro inodoro. Assim me integro, sem me despedaçar.
Se meu corpo não é meu , o meu corpo é seu e é de todos, e não sou mais eu, posso ser todos. Meu corpo é o seu, meu jeito de andar é o seu. Seu sorriso é o meu.

Se a estória acima for mentira, deverei continuar no real e chegar até o outro pelo caminho das trevas, enigmático, cheio de ratos e baratas entrando pelos poros.
Alcançando o outro depois desta batalha sugadora, imponho minha superação sobre a morte.
Refém da harmonia da alma, imporemos nossas armas: sexo, amor e amizade.
Quanto mais vivo e belo , o gozo relaxa , amamos a inutilidade do outro, chegamos mais perto de Deus. Não ser a mosca de kafka ajuda a se libertar. O trabalho opressor castra as potencialidades.
Vida compromissada com o amor ao outro e consigo mesmo , atuando para justiça social, delirando com as artes e obrar com técnica, empurrando a preguiça de lado .
O lance é não morrer em vida.

Um comentário:

Laura_Diz disse...

Breno, o email dele é:
ccalligari@uol.com.br
escreva que ele gosta.
um abraço, Laura