segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Marcelinho da mamãe

Lourdes, é uma empregadinha da Penha. Safadinha, pega o trem lotado para ser esfregada por homens de pouco apuro. Trabalha de sainha rosa e quando é coxada dá a sensação para o homem, de quê levitou o bumbum para ser chegada com mais facilidade. Batons vermelhos bem torneados produzem uma boca maior que a natural . Maior e mais sensual.
Lourdes não gosta de trabalhar. Arruma as bagunças de uma senhora velha pelo centro e volta fogosa para casa em um ônibus lotado que a esmaga, matando de prazer.

Marcelo, é um executivo do mercado financeiro da Barra, que trabalha com papéis e tem o discurso afinado com o que é chamado de "modernidade". Marcelo tem o maior respeito dos porteiros, pois sempre sai alinhado, tem uma voz calma e baixa , em uma frequência suave de quem é certamente "bem educado." Marcelo vê a família da noiva todo final de semana, tem um filho com a cara do pai e não poupa esforços pra agraciar o lindo bebê.
Marcelo um dia teve um caso com Lurdinha.
Lurdinha dedurou Marcelo para a esposa e o casamento de anos terminou.

Acima foi escrita uma estória mal contada de uma forma brasileira truísta, socialmente aceita.
Qualquer estória tem milhares de formas contadas . A representação do real não é única. Isso não impede crítica.
Tropa de Elite, TV Globo e outras mídias contam estórias de uma forma específica.
Especificamente, por quem tem o poder, a instituição ou a grana do seu lado. O som reverbera. O fraco emudece.
Lurdinha não existe. Ou existe da forma chapada acima.
Falo Lurdinha, em nome de assaltantes, puta de rua, mendigos...

Um comentário:

Laura_Diz disse...

Lendo sua historinha lembrei d euma empregada que se queixava dos homens no tem a se esfregarem nela- era um alinda morena. Depois teve um caso com o pastor da Igreja :)
ai ai
mandei o email.