quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Números que Ardem

Timidamente os veiculos de imprensa noticiaram esta semana os dados consolidados do IBGE sobre desigualdade social do Brasil. Comparando de 1996 para 2006 os números mudaram muito pouco.
Os números são assustadores. A renda média per capita familiar dos 40% mais pobres é de 147 reais.
Traduzindo o economês, cada pessoa apta para trabalhar ( o IBGE exclui pessoas menores de 11 anos) dentre os 40% mais pobre do Brasil recebe em média 147 reais por mês.
A renda média per capita familiar do 1% mais rico é de 7.400 reais. A renda média per capita familiar dos 20 % mais rico é de 2.500 reais.
A desigualdade é abissal , mas o que mais incomoda é que a grande maioria da População brasileira é pobre.
Esses números são quentinhos, sairam esta semana direto do inferno. Talvez todos intuam isso andando pelas ruas. Nascemos num país pobre, com a eterna esperança de que um dia tudo vai mudar.
O que salva muitas pessoas é a rede de proteção social que temos de modo informal que faz o papel de estado. É a esmola, o resto de comida, o mercado informal fazendo uma função divina. As vezes sinto-me próximo de Deus comprando um cd pirata.
Responsabilidade é de todos, não somente do governo. Perdurar o status quo é a defesa da elite brasileira.Temos micareta, somos alegres (sic), mas temos uma elite famosa muldialmente pela breguice dos costumes consumistas, gozadoras de paus europeus e americanos .
Açoes do governo como forte tributação progressiva ( paga mais quem ganha mais), tributar herança e gerar um movimento de comunicação de massa de que não está bem para alguém não está bem para ninguém.
Corrupção em parte é resultado da pobreza. Temos que divulgar mais este mote, "Se poder gera corrupção miséria também gera." O mote" o poder corrompe " já pegou a muto tempo. Só poderoso tem justificativa para cometer delito. Isto também é injusto.

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