Saber-se fragmentado sem perder espinha dorsal,
Saber-se mal amado sem perder elegância formal,
Saber-se imbecil sem perder luz no final,
Saber-se menino sem perder a seriedade da dor,
Saber-se calado sem perder a opinião que lhe dou,
Saber-se mais velho sem perder a ilusão da cor,
Saber-se gigante sem perder a condição do amor,
E aí chorar baixinho para se ouvir melhor,
Chorar no chuveiro para secar a voz,
Chorar tanto, até ficar só,
Para enfim, dormir como ferido em paz,
Dormir sem sonhar, que sonho ficou para trás.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
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