A palavra, vazia, hoje em dia, não faz sentido.
Jogada de cá pra lá, de lá pra cá, virou rotina obrigatória.
Ninguém consegue suprimí-la,
É que a angústia do silêncio angustia.
O tempo passa, as palavras correm solta.
Sem peso, sem cheiro, cheias de estilo pra agradar,
Palavras ditas pelo sabor do momento
Palavras sem compromisso do dono
Palavras a beira de um abismo em extinção
Correr o risco pela palavra é antiquado.
Palavras-brisas, leves sem a substância própria que lhe formou.
Palavras café descafeínado.
Palavras para não ofender. Palavras para não doer.
Palavras para divertir. Taí, palavras entretenimento.
Palavras que não toquem em ponto desconfortável e despertem para um novo patamar. Palavras cobertor, palavras conforto.
Palavras que evitem o conflito. Palavras alívio.
Palavras não são mais a seiva, agora o barato bobo são as palavras flor.
Palavras multiplicidade.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
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